terça-feira, 19 de agosto de 2008

O namoro nos tempos da internet por Nilsa Tomé, da redação - Jornal Olho Vivo.

• Variedades - [10h20 12/06/2008]
Cada vez mais, cresce o número de casais que se conhecem em sites de relacionamentos; psicólogo é a favor do contato pessoal A professora Cleciane de Oliveira Durães, 28 anos, namora há cinco anos o técnico em informática James Giozzet, 28. Eles se conheceram em uma sala de bate-papo. Estão noivos e, ano que vem, pretendem se casar. “Nunca fui muito de sair e as pessoas que eu encontrava não me interessavam. Então, comecei a ‘entrar’ em sites de bate-papo para encontrar um namorado”, conta Cleciane.Apaixonados Cleciane e James estão juntos há cinco anos Como ela, a funcionária pública Eliane Andrade, 33, também encontrou no meio virtual o grande amor de sua vida. Ela conheceu o marido por meio do ICQ (programa de comunicação instantânea). “Estamos casados há quase sete anos e, se não fosse a internet, não o teria ‘encontrado’”, garante Eliane. Ou seja, foi-se o tempo em que discotecas e bares de paquera eram a grande esperança dos corações solitários. Era só sentar a uma mesa com amigos, pedir as bebidas e aguardar. Dali a pouco chegava alguém com uma conversinha fiada. A internet, hoje, é uma das principais ferramentas para se encontrar o sonhado príncipe. “As pessoas hoje estão menos tolerantes e buscam na internet a possibilidade de filtrar suas relações”, comenta o psicólogo Luiz Teixeira. Estima-se que 3,5 milhões de pessoas estejam inscritas em sites de relacionamento no país. Ou seja, quase 10% dos brasileiros solteiros. Estudos recentes apontam, ainda, que, em três anos, pelo menos 50% dos desimpedidos dos países do Primeiro Mundo vão conhecer um parceiro on-line. “Isso porque estamos vivendo um momento contemporâneo, em que as pessoas buscam na internet um mundo globalizado, cosmopolita, onde tudo é possível”, comenta o psicólogo.Segundo ele, uma revista britânica fez um estudo para entender como são os jovens – dos 27 aos 37 anos – que usam a internet. O resultado revelou que são pessoas bem sucedidas e que não têm muitas ligações afetivas. Isso porque estão muito “plugados” com o mundo virtual. Os sites de relacionamentos promovem esse encontro mais facilmente. Porém, esse não é o único meio. Para Teixeira, é importante que as pessoas resgatem o contato pessoal. “Se não você vai ficar ‘out’ para as relações humanas, onde o contato e o toque é muito importante.”


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